Fiquei mais preocupado do que o normal nos dias que antecederam meu aniversário deste ano. Por vários motivos, este 4 de julho tem um quê de especial – e não é porque o projétil da Nasa atingiu o deep impact no meteoro lá e produziu um clarão que pôde ser visto a olho nu da terra e isso e aquilo e blá blá blá. Em 2005, terminei a faculdade, terminei o namoro, cortei laços que não valiam a pena. Este ano entrou com cara de faxina.
Pra um canceriano desleixado e apegado like moi, fazer faxina é sempre difícil. É preciso ser criterioso, desfazer-se das coisas certas e guardar as importantes nos lugares apropriados pra poder utilizá-las no futuro. Isso vale para vida, para o coração – e para as estantes.
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No Jornal Hoje – é... – de hoje os âncoras mais “felizes” do mundo noticiaram que uma astróloga russa quer processar a Nasa por conta da intervenção “ianque” no meteoro bombardeado. Segundo ela, isso obrigará os astrólogos do mundo a alterarem todas as previsões já feitas para os próximos anos. Fiquei matutando nessa história e cheguei à seguinte conclusão: se a mudança de curso de um meteoro interfere tanto no futuro dos seres humanos, bora detonar mais, gente! Tenho até um planejamento para as próximas décadas: (1) a gente monta uma equipe de astrólogos de primeira; (2) o grupo define quais corpos celestes são responsáveis por tragédias como: Bush, guerra do Iraque, conflito na palestina, destruição do meio ambiente, aquecimento global, fome, neoliberalismo, puritanismo, preconceito, Britney Spears, ACM e assim por diante; (3) depois a gente começa a destruir os meteoros diabólicos um a um: em dez anos estaríamos livres das “almas sebosas”, como diria o Pequeno Príncipe. Não é perfeito?! Quem concordar, pode contribuir com a causa ligando para 0800 blá, blá, blá e doando 10 mil reais.
Falei da astróloga russa só pra dizer que, assim como o Walter Benjamim aos olhos da Susan Sontag, tenho andado “sob o signo de saturno” ultimamente. È que o planeta está em Câncer, sacam? Isso significa, segundo os entendidos (russos fora), um período de revisão, auto-análise ou: faxina. Se é verdade, não sei. Pero las brujas...
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Falei, falei, falei – mas ainda reluto em comentar um fato importante, difícil para um gaúcho macho, espada e bagual like moi. É que estou fazendo 24 anos e – you know – essa é uma idade crucial para definir a masculinidade do cabra, segundo os experts em boiologia aplicada. Matutei pur dimais nesse assunto na semana que passou. Isso me preocupava, até porque, preocupar-se com isso já parece coisa de mocinha...
Quem me conhece, sabe que além de macho, espada e bagual, sou cabra intelectualizado, logo, não evito pensar o impensável. Assim sendo, fiz uma análise profunda – êpa, alto lá! – da minha alma. E a conclusão – a conclusão foi a seguinte: sou macho mesmo, quase um legionário, adoro mulheres, lamberia todas, se possível. Por conta dessa confirmação de minha masculinidade – que me enche de orgulho e testosterona – hoje hoje estou aceitando convites de muchachas disponíveis (de preferência solteiras, taradas e sacanas). As interessadas podem deixar telefone para contato nos comentários deste “post”. Resposta garantida!
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Bom – piadinhas politicamente incorretas (pra não dizer infâmes) à parte, o fato é que viver é muito bom. Colocando na balança, essas duas dúzias de velinhas sopradas foram du carai.
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