sexta-feira, fevereiro 10, 2006

INTERDICÇÕES



Queria interdicto: a marvada carnexpressava em palavrazias o dissentido por mim. Queria interdicto queixumes só pra violentar o indevassável: o inexprimivelmente doloroso do momento em si (mesmado entre mim e ti). Queria interdicto nadadeiras capazes de (a)fundar princípios, meios e fins em teu oceano. Queria interdicto tanta coisa! – mas fui cortado pelâmina silente de meu pretérito imperfeito. Carecia de autoridade pra verter o gesto fundador do teu mundo, admiravelmente ovo, afinal, “no princípio era o verbo e o verbo era Deus”: diante do infinito, não poderia interdicto mais nada. Interditado, calei.

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