APELO
A única verdade é o desejo, galega. O “x” da questão não repousa nem lá – nas tuas ciências ocultas – nem cá – na minha vã filosofia: a resposta está entre as pernas: tem cheiro, tem gosto, tem charme, tem fogo. Vem comigo, galega, aceita meu convite: vamos passear no bosque enquanto o seu lobo não vem. Vamos nos perder e dançar e beber e foder até a exaustão – até nunca! Até nunca! Bora perder os sentidos e embriagar e adolescer e alucinar e gozar – gozar do amor algo loco que brota entre os seios, na surda incandescência do teu sexo emudecido, calado e mal-comido. Vem, galega, a hora é essa, abra os braços, abra a boca e suspire: dê asas à languidez que é só tua e abra – abra logo as pernas, que já canso de bater. É tempo de deitar, galega. É tempo de deitar, vem pra cama – já passa da hora. É tempo de deitar...
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