segunda-feira, março 14, 2005

CONSTANTINE, PROTESTOS E ENCRUZILHADAS

Segunda-feira. Continuando com os relatórios cinematográficos: ontem assisti a Contantine. Comentários: creio que o grande problema do filme foi mesmo o Neo, digo, o Keanu Reeves. Primeiro pelos cabelos pretos, depois por uns trejeitos um tanto quanto afetados em algumas cenas. Pra mim, que não sou um especialista nos quadrinhos do Constantine (mas que gostei de tudo que consegui ler até hoje), isso não prejudica TANTO o filme. Nem isso, nem os (d)efeitos especiais, a computação gráfica algo tosca que virou tradição em filmes baseados em quadrinhos (exceção feita a Hulk e Homem-aranha, é claro). O filme é interessante e, na maior parte do tempo, o Neo, digo... ah, vocês entenderam... na maior parte do tempo o Keanu Reeves consegue pegar o espírito do personagem. Gostei também de alguns enquadramentos que são a cara dos quadrinhos: um cigarro queimando em primeiro plano com a cena rolando ao fundo, fora de foco; um close no rosto do “herói”, cortando um pedaço da testa. Lances desse tipo que fazem a gente transcender o filme e encontrar o verdadeiro Constantine.

Bem, bem. Falo muito de filmes. Vamos às novidades, mas não sem antes dizer que meu nariz está zerado novamente. Não sei se há uma relação direta entre os fenômenos, mas choveu ontem aqui em Porto Alegre (aliás, no estado inteiro). O pessoal ficou feliz.

Hoje acordei com um líder de agricultores a gritar desesperadamente num megafone. Sua voz reverberava nos prédios e parecia que ele gritava diretamente nos meus ouvidos (o que, convenhamos, não é nada agradável). Não confirmei (estava com sono), mas acredito que fazem parte de grupos de assentados que reclamam ajuda do governo para enfrentar os estragos da seca. Na semana passada, foram estudantes protestando contra o aumento no preço das passagens de ônibus. Ao que parece, já começam a aparecer nos porto-alegrenses os primeiros sintomas de arrependimento com relação à eleição de Fogaça.

Mas não falemos de política. Ando sem paciência pra isso ultimamente...

Queria, na realidade, falar das encruzilhadas da vida... mas não há tempo pra se aprofundar nessas questões... Abraços para todos.

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