PSICOMENTANDO
Nas últimas semanas, ando envolvido com uma série de projetos começam engatinhar por aqui. O projeto de Desenvolvimento Local Sustentável para a Região Norte de Guarapari, pouco a pouco, vai saindo do papel.
Já temos uma estrutura física, cedida pela Associação Salvamar de Apoio à Criação e ao Adolescente, que atua intensamente junto à região de Perocão (norte de Guarapari), incentivando o esporte e oferecendo aulas de reforço escolar a crianças e adolescentes. Também conseguimos uma sala na Av. Paris (entre a entre os bairros Praia do Morro e Aeroporto), onde poderemos montar o Escritório de Captação de Recursos e a “Empresa Júnior do Projeto”.
Progressos como esses nos deixam bastante otimistas para os próximos meses.
Voltarei a falar sobre isso em breve, com maiores detalhes.
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Também estive ocupado, acompanhando as eleições municipais no país e, especialmente, em Guarapari.
Quanto ao Brasil, estou feliz com as vitórias do PT em diversas capitais e com o crescimento do partido. Estou apreensivo com relação às eleições de Porto Alegre e São Paulo: a disputa será difícil nos dois estados. Em Vitória, adorei a virada do Coser. Agora é esperar o segundo turno.
Em Guarapari, pouca coisa mudou. Gottardo foi reeleito, com o apoio maciço do funcionalismo público (quase 3.000 funcionários), da igreja católica e dos professores. O fato da cidade ter mergulhado num ostracismo colossal nos últimos quatro anos parece não ter importando muito na hora do eleitor escolher seu candidato: como sempre, valeu o interesse pessoal.
A câmara de vereadores, agora menor, muda um pouco, mas não muito. Três nomes que, por anos a fio, foram responsáveis por quase toda articulação na câmara, não se reelegeram. Uma vitória. Os novos nomes, contudo, não nos deixam vislumbrar um futuro muito brilhante.
Costumo usar o número de candidatos petistas eleitos para medir o grau de preocupação das pessoas com o social (por mais que o candidato eleito frustre essa expectativa, o voto no PT representa isso). Pra se ter uma idéia, nenhum candidato do Partido dos Trabalhadores foi eleito em Guarapari, o que reforça a minha tese de que Guarapari é uma cidade de fronteira onde reina o cada um por si e a política contra todos.
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De resto, continuo entretido nas releituras de Gabeira na busca informações que me ajudem a provar que nem tudo está perdido.
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Semana passada, me irritou muito a reportagem que li sobre as mensagens racistas no Orkut (ver blogue do Zé, o Outro). Fiquei triste de lembrar (pois eu já sabia disso) que existe no mundo gente tão imbecil.
Mas aí fui à APAE de Guarapari, para fazer uma matéria sobre o trabalho da entidade no município, para a Revista da URGE, uma ONG local. O trabalho daquelas pessoas é impressionante! A paciência e o amor com que tratam daquelas crianças (e adultos) deficientes é de uma grandeza que nem sonho atingir.
Comparando esses dois universos, percebi que, entre um extremo (a barbárie dos orkutianos racistas/nazistas/matadores de mendigos) e outro (a abnegação dos funcionários da APAE) “há muito mais coisas do que sonha a nossa vã filosofia”.
Então, continuemos na nadar, sempre na direção do mais humano.
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