2ª Ato(a)
Hoje é segunda-feira. Abandonem os livros e as bolas pois a história agora é outra e começa assim: o ato não me pertence porque neste caso meu agir seria um não-ato -- quase um desacato.
Segunda, dia de feira: saber-fazer desvalorizado, trabalho alienado, saudades do feriado (referências a Drumond) e rimas em “ado”.
E por falar em “ado”, a segunda é dia de ter cuidado. Brigas nos esperam na esquina da frase atravessada – ou da má fase. Bad trip: sonhos interrompidos pelo despertador – que nos anuncia a hora de adormecer, de anestesiar-se, de fechar os olhos. O corpo se cala, se rende: serve agora ao desprazer.
Segunda é dia de silêncios, de ressacas, de beijos de despedida. Dia de “cafés sem açúcar”, de danças sem par”: os átomos se espalham, apesar do frio.
Bom seria falar da segunda até gastá-la, até transformá-la em terça... mas já não há tempo: é hora de fechar os olhos e adentrar ao mundo do não-sentir. É hora! É hora! É hora, é hora, é hora!!!...
E assim termina o não-ato de hoje: quase um non-sense.
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