sexta-feira, fevereiro 20, 2004

Cantos de amoregozo

Tudo tudo que eu precisava era
atá-la,
matá-la e
jogá-la na vala
- na cova rasa rasa - do
esquecimento
, entre os mortos ,
o passado e tudo aquilo que é
(bolooupuru)lento.

Tudo tudo que eu precisava...
resolver o desresolvido e partir para o
meio termo que é o lugar dos seres
conscientes e bombons
que passam pela vida
andando pela sombra -
que é pra ninguém ver.

Matar, matei.
Mudar, mudei. Mas
o ir da vida (re)volta
mais do que eleva e
levagente por cada
caminha!

De tudo tudo que eu precisava
poucounadacom...
segui assim assim.
Deixei os dias passarem
e brotou este mofo
aquiacolá
que me impede de andar
andando
por aiaiaiaiaiaiaia...

De tudo que eu conto e
reconto,
cadê o conto velho?
Fala na lata
- em meio aos ecos -
que a coisa não anda boa
aiaolado
e essas (la)anjinhas
carecem de auréolas
e de asas.

(Os cantos
de amoregozo
costumam ser escuros,
mas não ocultam gemidos).

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