AÍ VEM...
Tem momentos em que tudo parece vir na dose certa: espécie de conjunção astral que torna tudo mais claro e intenso. Os significados importam menos. Tudo fica mais à flor-da-pele. A vida nos arranha, enfia-nos a língua molhada orelha adentro. A gente curte e goza junto. A oposição entre perfeito e imperfeito vira pura tautologia. A plenitude está na ponta do dedo. Cai o teto da capela. O céu não tem limites.
(Aí vem o desejo de eternizar – e fode tudo).
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