CULTURA PARA TODOS, SIM OU NÃO?
Os intelectuais e políticos progressistas dos séculos 19 e 20 tinham feito do acesso à cultura para todos uma das bandeiras de seus combates. O capitalismo acreditou neles e chegamos lá: finalmente todo o mundo, pelo menos nos paises desenvolvidos, tem acesso gratuito à cultura de massa. Para esses intelectuais, a cultura traria a felicidade. Mas a cultura não trouxe a felicidade. Nem sequer o emprego.
(Pedro de Souza, Jornalista)
A frase acima foi retirada de um texto publicado no site do Observatório da Imprensa. O nome do texto é A Cultura não Traz Felicidade. O assunto, a diminuição do número de leitores de jornais diários na França e a relação disso com o acesso gratuito à cultura de massa, oferecido pelas novas mídias (DVDs, Internet, Kazaa etc.).
O autor desenvolve a idéia de que os jornais estão precisando inventar cada vez mais atrativos (suplementos, brindes, promoções) para atrair o leitor. O conteúdo, já não é mais suficiente.
Para o autor, o acesso gratuito à cultura de massa acabou gerando alguns problemas. Entre eles, demissões em massa nas gravadoras (por culpa da pirataria e do MP3) e nas redações (por culpa da Internet).
É aqui que eu pergunto: o que é preferível, ter acesso gratuito à cultura de massa, ou ter a indústria cultural empregando mais gente? Será que a cultura de massa vai desaparecer, por que seus lucros diminuirão a cada dia? Será que os meios alternativos não dão às pessoas a possibilidade de produzir e distribuir uma arte mais genuína do que aquela que se faz tendo a IC como mediadora? Será que o capitalismo vai tirar uma carta da manga e acabar com as maneiras de burlar o sistema?
Gostaria de discutir essas coisas com mais pessoas. Se alguém estiver afim, comentaí...
(Leiam também o texto do Pedro de Souza, vale a pena)
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