Os últimos dias
Nos últimos dias,
tudo é questão de formato,
de paciência,
de tempo
e de trato.
Em dias assim
a gente se sente atado,
maio preso,
meio trapo,
menos príncipe do que sapo.
Tem dias e tem dias:
entre eles, as horas, os livros,
os ventos e os sussurros -
tudo muito noir,
tudo tiro no escuro.
Nos últimos dias,
tudo é questão de ornato,
de indecência,
de rima e de pactos
desfeitos
(fartos defeitos).
Em dias assim,
a gente deseja ser alado,
sentir euforia, não enfado -
ser mais esperto
que fechado.
Tem frias e tem frias:
entre elas,
os dias, os filmes e as noites
vadias.
Psicotopicos
Um rascunho virtual... Comentários sobre jornalismo, política, sociedade, comportamento e alternativas. Espaço para debate, cuspe e epidemias.
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