quarta-feira, janeiro 07, 2004

Insconsciente Psíquico
Sardinhas

Escrever um pouco, pra vomitar just a litle dessa coisa toda que me aperta. Sair. Fora. Daqui. De mim. Fora do eixo, Rio e São Paulo são metas - metáforas tolas que a gente faz pra esquecer a própria pequenez. É isso mesmo.

Ela tem sardas: nem eu nem meu texto temos lógica. É lógico. Do contrário, estaríamos fazendo matemática ou programas - de computador, calma!

Onde vai parar essa brincadeira toda? Nem eu, nem meu texto sabemos. Somos nós dois agora: eu e ele. Eu e os eles de lá. Será que ela se tranca no banheiro? Com quem? Consigo? Me, mi, comigo. Ter-te para contigo estar perdido, indo e vindo. Ai, ai. Quanta auto-destrutiva crítica. Quase mítica. Não métrica, mas talvez rítmica. E mística. Esticando os braços para pegar meus próprios pensamentos: eles não gostam do teclado. Brigaram, dia desses.

Brincar de roda. Roda da fortuna. O intelectual de virtù. Ai, ai. "Os pecados são todos meus". Só Deus, só Deus. Há deuses e deusas novas no Olimpo. Ai, ai. Quanta incompreensão! Também, o que se pode esperar de alguém assim, tão hermeticamente fechado ado ado a ponto de causar ecos?... Ssssssssss: alguém pode acordar com tanto barulho.

Antes o monstro acordasse para devorar as criancinhas maiores de idade. Ai, ai. Quen derrá. Ai, ai...

Chega de suspiros: se o negócio é doce, prefiro os beijinhos. Mas de quem? Onde? Os escondidos. Ai, ai. Hermeticamente fechado.

(In) fluência total. O out não funciona legal, mas a frase rima.

[Texto escrito no princípio de 2003, numa fase de entressafra (aquele período entre o término de um namoro e a volta). A musa - inspiradora, outrora - perdeu os encantos, foi ao vento, perdeu o assento. O texto - alguém duvida da perenidade da palavra escrita? - aí está, novo em monitores. Atualizado, ressemantizado - e sussurrando baixinho que a vida muda, mas nem tanto]

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